sábado, 11 de maio de 2013

Nª Srª da Redonda - Alpalhão

NOSSA SENHORA DA REDONDA


A construção desta capela, situada junto à Ribeira de Sor, remonta, ao que tudo indica, à centúria de Quinhentos. A data de 1564, presente na pintura da abóbada de nervuras que cobre a capela-mor, assim como a própria abóbada, com cinco bocetes entre os quais se destaca o principal, de maiores dimensões, têm sido considerados os elementos mais antigos e que não foram objecto de intervenções posteriores.
A capela é, na generalidade, um edifício quinhentista, embora com uma importante campanha de obras do século XVIII, que lhe imprimiu uma outra dinâmica, de cariz barroco, mais evidente no interior.
A fachada principal, em empena, forma uma galilé (com banco a percorrer o seu perímetro) aberta por um arco de volta perfeita, com impostas salientes, sobrepujado pelo janelão rectangular do coro. O portal principal, de frontão ondulado, é ladeado por duas janelas gradeadas. Todo o conjunto deverá ter sido objecto de alterações aquando da intervenção setecentista (KEIL, 1941).
No interior, a nave articula-se com a capela-mor através de um arco de volta perfeita, com sanefa de talha dourada e policromada rococó. O retábulo-mor, em alvenaria, é formado por pilastras e coluna torsa, que suportam as arquivoltas, abrindo-se, ao centro, a tribuna com trono em mármore e a imagem de Nossa Senhora.
O tecto, original, foi decorado, entre as nervuras, por figuras de animais (leões, grifos, entre outros), ostentando a data de 1564 e as primeiras palavras da Ave Maria. De meados do século XVIII são os painéis de azulejo que revestem os panos murários da capela-mor, azuis e brancos e de fabrico lisboeta. A iconografia mariana é bastante comum, encontrando-se representados a Visitação, a Adoração dos Pastores, a Apresentação no Templo e a Circuncisão, associados à respectiva inscrição em latim, num jogo de intertextualidades que tinha por objectivo assegurar o correcto entendimento das cenas ilustradas.
De acordo com a tradição, esta capela era objecto de uma romaria bastante popular na região, realizada na segunda-feira após a Páscoa.
(Rosário Carvalho)
                                    ... XXX ....   XXX ... XXXX ....

A Nossa Senhora da Redonda é uma festa muito bonita que se realiza nas próximidades
da Vila de Alpalhão e já os meus antepassados iam a essa festa pois eram muito devotos.

Festa que se realiza na 2ª Feira asseguir ao domingo de Páscoa (público em geral)
e 3ª feira é quando alguma familia encomenda uma missa por intenção .

e como eram devotos deixaram algumas marcas da sua devoção, desde versos, cânticos

fotos , orações, santinhos e azulejos etc, também existe um hino em sua honra.

As marcas que eu consegui arranjar através do espólio de família são :

1) Os versos do meu Tio Avô, dedicados a Nª Srº da Redonda




2 ) Orações com a imagem :








3) Imagem de Nª Srª da Redonda ( fotos )






4 ) Azulejo com imagem de Nª Srª da Redonda

      ( Nicho da Casa da Fonte D'Árca - Alpalhão )







5) Ida à Festa de Nossa Senhora da Redonda em Alpalhão

( Fotos tiradas dia 21 de Abril de 2003)




















 - Link do youtube : Hino da Nossa Senhora da Redonda - Alpalhão

https://www.youtube.com/watch?v=jTSPXsiu3l0




Histórias de Família

Vou contar, todas as histórias que me lembrar da minha familia

e aqui vai a primeira

Avó Mariana :

1ª) Tem a ver com a devoção que a minha avó tinha com o Santo António

Para além de ser um Santo casamenteiro, as pessoas devotas também recorrem
a ele quando perdem alguma coisa muito importante.

E então eu comecei também a ter muita fé nele, pois uma vez em Casa da

minha avó, andava a minha avó preocupada pois o meu avô MANUEL ,
não encontrava os óculos, logo rezou o responso e ensinou-me como se
devia rezar e desde daí eu ando sempre com esse dito responso.

A minha avó disse-me que o Santo António nunca falha e eu próprio sou
testemunha pois também já recorri a ele e aparece sempre o que se pretende.

E os ditos óculos passados uns dias apareceram !!

Aqui vai o responso :

 
 
 2ª) A sua crença religiosa fez com que num momento muito complicado
     teve de fazer uma promessa a Nª Srª de Fátima.

A minha mãe em nova teve uma apêndicite aguda, e quase às portas
da morte.

Através de muita reza e graças a Nª Senhora a minha mãe salvou-se.

E a minha avó então prometeu ir a Fátima desde Marvão a pé.






Mandou fazer uns sapatos propositadamente e segundo consta já sairam tarde
pois os sapatos não chegavam.

Sairam quase de noite.

3ª) Em Portalegre a minha avó Mariana queria oferecer aos netos : Francisco,
     Zé Manel, Pedro e Daniel Pull-overs, e em conversa com uma prima dela
     ( Prima Catarina ) que trabalhava na Chapelaria Garcia, que tinha lá pull-
     . overs muito baratos e para os netos lá passarem

- Então a Avó Mariana perguntou : - Então prima, quanto é que custam ?

Dois, Setecentos e Cinquenta , a ah é ....

Então mandou-nos lá para trazer dois pull-overs para cada a 750$00.

Quando lá chegámos, afinal custavam 2750$00 cada um.

Claro que viémos todos embora de mãos a abanar.

4) A minha Avó Mariana não gostava muito que jogassemos ao Berlinde na Sala

Então dizia sempre.

Olhem meus netos, cuidado ...!!! houve um rapaz nos Assentos que por causa de um
berlinde , partiu o ecrán da t.v.

e sempre que a Avó Mariana via que estavamos a fazer alguma coisa em casa que não
era do seu agrado, dizia olhem que nos Assentos....

Nb : Para quem não sabe, os Assentos é um Bairro de Portalegre um pouco afastado
        do centro da Cidade ( Bairro Novo, algo problemático )

5ª) A Avó Mariana foi à rua e encontrou uma amiga .

     Cumprimentaram-se e diz a avó :

- Então o teu marido ....está bem? ( fez uma pausa porque se lembrou que ele já tinha morrido)

Continua morto , não é verdade ? bem morto ...!!

6ª) Boleimas de Portalegre



 - Quando ia de Férias a Portalegre, era sempre por grandes temporadas e depois está claro,

    no outro dia ficava-se na cama até ao meio-dia ( Às vezes).

Mas a Avó Mariana, ia lá ao nosso quarto para aí Às 9h da manhã acordar-nos, para nos alimentar.

Batia À porta - ( nós nada ... ), depois devagarinho entrava, tocava-nos e dizia baixinho :

- Olha meus netos... podem voltar a dormir ... mas uma boleimazinha têm de comer....


6) Dor de barriga brutal  no Monte Novo - ( Prazeres - Monforte )

 - Um dia aquando de uma ida a Portalegre pelo dia de Finados e Todos-os-Santos, passámos

    pelo Monte - Novo, com o objetivo concreto de ir apanhar dióspiros , num Dióspireiro que existe

   na horta-velha. Fomos eu o Pedro e a Aninhas.



 Viémos apetrechados até com tesoura extensível pois a árvore é muito alta e antiga.

Estava carregadinha e fartámo-nos de apanhar, claro está que eu apanhei uma dor de barriga brutal e

repentina ( que já nem dava tempo de chegar À casa de banho ) por isso tive de escolher um sítio ali

perto.

Só que os terrenos estavam muito ensopados em água e muito enlameados por isso em fiquei

completamente cheio de lama nos sapatos pois não levei galochas.
  
  

- Os Subtil

Aqui vou escrever tudo o que sei sobre este meu Tio Avô

Irmão do meu Avô Paterno Ernesto Subtil, tinha mais 3 irmãos

Irmão mais velho de 5 :
~




Ernesto Amaro Lopes Subtil - casou teve 8 filhos , mas só 2 estão vivos
















os outros 6, uns morreram quase à nascença outros uns anos vivos:

Algumas Fotos de Francisco Amaro e de Adília Maria :
















































Alfredo Amaro Lopes Subtil. - Casou, teve 1 filho











Joaquim Lopes Subtil Jnr. - Casou mas não teve filhos




Adília da Conceição Amaro Subtil - Solteira









Francisco Amaro Lopes Subtil :

Nasceu em Marvão

nasceu  : 12 / 05  /1894

batizado : 31 / 08 / 1894 - Alpalhão

f : 26/11/1981 E.S.- Alpalhão

Assento de Batismo : ( Igreja de Nª Srª da Graça - Alpalhão - NISA )














































































Nasceu em Marvão

Assento de Nascimento nº58 de 1894

Registo Civil de Nisa

Freguesia de Alpalhão

Faleceu dia 26 de Novembro de 1981 em Alpalhão

Assento de Óbito :









Foi Professor de Liceu em Portalegre e em Chaves, formou-se em Matemáticas

Escreveu vários livros, que estão na Biblioteca Nacional em Lisboa.

E Viveu na casa de seus pais na rua direita em Alpalhão com a sua irmã Adília da Conceição Amaro Subtil

 

Notas Biográficas :

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Dr. Francisco Amaro Lopes Subtil

Licenciado em Ciências e matemática pela Universidade de Coimbra no ano de 1922.Foi professor nos Liceus de Passos Manuel e José Falcão de Lisboa, Nuno Álvares de Castelo Branco, Alexandre Herculano, do Porto, e, actualmente, no Gil Vicente, em Lisboa.

Fonte Bibliográfica: Alpalhão-Fonte de Luz e A Grande Pléiade dos seus filhos

Carlos E.Lopes Subtil - 1940

(Comemoração dos centenários da Fundação e Restauração da Nacionalidade Portuguesa 1140-1640)

 



                                                           

                                            



Nossa Senhora

da Redonda

Muito Venerada em Alpalhão

In Memoriam ...

No espólio do nosso irmão, Francisco

Subtil, que Deus chamou à sua divina presença,

no dia 26 de Novembro de 1981, encontrámos,

entre outras produções literárias, inéditas, os ver-

sos que ora se publicam, subordinados ao título

de NOSSA SENHORA DA REDONDA, tão vene-

rada na Vila de Alpalhão.

Que essa prece a NOSSA SENHORA DA

REDONDA, que por ele cantada na terra, lhe tenha

alcançado a graça de a cantar, agora, no CÉU,

onde - assim o esperamos - a sua alma repousa-

rá em PAZ.

Seja esta publicação a homenagem sim-

ples, mas carinhosa, dos seus irmãos, que o recor-

dam com muita saudade.

Ernesto, Alfredo, Joaquim e Adília Subtil

Alpalhão, 19 de Março de 1982.




















 

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R. P.

DOCTOR ANTONIVS LVDOVICVS GOMES, quondam Portucalensis Reipublicae

Administer, atque ad

Manuel da Silva Gaio, Bacharel formado em

Direito pela Universidade de Coimbra, secretário da mesma

Universidade:

Certifico que do respectivo livro

consta que o requerente Francisco Amaro

Lopes Subtil, filho de Joaquim Lopes Subtil,

natural de Marvão, distrito de Portalegre,

concluiu a Licenciatura na Secção de Sciencias Ma

temáticas da Faculdade de Sciencias com a classificação

de BOM, com catorze Valores.

A presente vai firmada com o sêlo

branco desta Universidade.

Secretaria Geral da Universidade de Coimbra,

18 de Julho de 1923.



DIPLOMA DE FUNÇÕES PÚBLICAS 1

Nomeado Professor Provisóriodo 8ºGrupo do Liceu de José Falcão , em Coimbra 16/02/1924

ALVARÁ

de Nomeação do Tio Francisco para o cargo de PROFESSOR PROVISÓRIO DO 7º GRUPO

NO LICEU PEDRO NUNES EM LISBOA, 30 de Outubro de 1929


DIPLOMA DE FUNÇÕES PÚBLICAS 2

Nomeado Professor Provisório do 7º Grupo no Liceu Central de Pedro Nunes - 4/11/1929

Aprovado no Exame de Estado para o Exercício do Magistério Secúndário Liceal, 8º Grupo com

12 valores no Liceu Normal de Coimbra ( DR.Júlio Henriques ) - 17/07/1936


DIPLOMA DE FUNCÕES PÚBLICAS 3

Nomeado Professor Agregado do 8º Grupo dos Liceus - Dir.Ger.Ens.Liceal, em 24/11/1936

DIPLOMA DE FUNÇÕES PÚBLICAS 4

Foi o tio Francisco (Professor Agregado do 8º Grupo)- Nomeado ,prescedendo Concurso,

PROFESSOR AUXILIAR DO CITADO GRUPO - Dir.Ger.Ens.Liceal, 26/07/1937


DIPLOMA DE FUNÇÕES PÚBLICAS 5

Foi nomeado, precedendo concurso, PROFESSOR EFECTIVO DO Liceu de Angra do Heroísmo

Dir.Ger.Ens.Liceal, 26/02/1948

FALTA O DIPLOMA DE FUNÇÕES PÚBLICAS DO LICEU DE CHAVES DE NOMEAÇÃO DE

Professor Efectivo do 8º Grupo- DE 18/09/1957


DIPLOMA DE FUNÇÕES PÚBLICAS 6

Nomeado precedendo concurso PROFESSOR EFECTIVO DO 8º GRUPO DE Quadro do Liceu de Portalegre - Dir. Ger. Ens. Liceal , 27/04/1959

DIPLOMAS DE Funções Públicas - Tio Francisco

1)

ALVARÁ de nomeação de Francisco Amaro Lopes Subtil

para o cargo de Professor provisório do 7º grupo

Liceu de Pedro Nunes, em Lisboa, 30 de Outubro de 1929






2)

Serviço da República

Liceu Normal de Coimbra ( DR.Júlio Henriques )



Aprovação no Exame de Estado para o exercício do Magistério Secundário Liceal,

8º grupo, com a classificação de 12 valores

Liceu Normal de Coimbra ( Dr.Júlio Henriques ) em 17 de Julho de 1936




3)

Diploma de Funções Públicas 1

Nomeado Professor Provisório do 8º grupo do Liceu de JOSÉ FALCÃO,em Coimbra

Paços do Governo da República, em 16 de Fevereiro de 1924





4)

Diploma de Funções Públicas 2

Nomeado Professor Provisório do 7º grupo do Liceu Central de Pedro Nunes

Reitoria do Liceu Central de Pedro Nunes, 4 de Novembro de 1929










5)

Diploma de Funções Públicas 3

Nomeado Professor agregado do 8º grupo dos Liceus

Direcção Geral do Ensino Liceal, em 24 de Novembro de 1936

6)

Diploma de Funções Públicas 4

Nomeado professor auxiliar do 8º grupo



Direcção Geral do Ensino Liceal, em 26 de Julho de 1937

7)

Diploma de Funções Públicas 5

Nomeado, precedendo de concurso, Professor Efectivo do Liceu de Angra do Heroísmo

Direcção Geral do Ensino Liceal, 26 de Fevereiro de 1948






8)

Diploma de Funções Públicas 6

18 de Setembro de 1957, Licenciado, professor Efectivo do Liceu de Chaves,








Nomeado ,precedendo de Concurso, professor efectivo do 8º grupo do quadro

do Liceu de Portalegre

Direcção Geral do Ensino Liceal, em 27 de Abril de 1959







 

Nunca casou

In « O Liceu Nacional de Chaves - Subsídios para a sua História (1903-1978), Alípio Martins Afonso, 1999

(f) Francisco Subtil, foi sub-Reitor de 1948 a 1957 e Director do C. Escolar da Mocidade Portuguesa do Liceu, de 1948 a 1953.Antes de ser colocado em Chaves, passou por 7 outros Liceus, cinco dos quais situados na Cidade do Porto.Licenciado em Matemáticas e com exame de estado, mesmo assim só atingiu a efectividade, depois de trabalhar como provisório(de 1923 a 1933), Agregado (de 1934 a 1937) e auxiliar de (1938 a 1947).Tornou-se efectivo em Chaves, em 1948 e por cá permaneceu até ao termo da sua carreira,em finais de 1957.Note-se que, desde a reforma de 1936, só a partir do grau de Agregado o professor era vinculado ao Ensino.


Liceu de Chaves